domingo, 28 de setembro de 2014

QUE NÃO SEJA UMA VITORIA DE PIRRO


Esta manhã, com uns poucos cidadãos, fizemos um ajoelhaço na frente da igreja da Sé, para pedir ajuda a N. Sra.  de Nazaré afim de evitar a permanência dos medidores de energia da Celpa nesta área tombada.

Estes eram os "olhões" instalados na rua Dr. Malcher..
Em 29 de abril começamos a reclamar, inclusive ao MPE, até que vimos, recentemente, esta outra sugestão ja instalada em alguns bairros


Apavorados pela ideia de ter esses postes nas calçadas ja populadas de outros objetos escusos, na Cidade Velha, partimos para a frente da Sé, acusando, inclusive, outros órgãos distraídos...





A manifestação se encerrou quase ao meio dia.
As 21 horas lemos no blog  http://uruatapera.blogspot.com.br/2014/09/celpa-responde-ao-ajoelhaco.html?spref=fb

"A Celpa informa que não vai mais instalar o novo padrão de medidor de energia em áreas tombadas pelo patrimônio histórico de Belém. A decisão já foi informada ao Iphan, Secult e Fumbel. A concessionária informa ainda que está na perspectiva de implantar um novo modelo de medição eletrônica que não comprometa a estrutura ou a beleza do centro histórico."

Valeu a pena essa batalha, mas so ficaremos tranquilos quando a segunda parte da carta for atuada.

Por enquanto vamos dormir satisfeitos, mas com um"olhão" aberto, pois ja estamos preocupados com a nota da Celpa. De fato eles não dizem que vão tirar os que ja estão instalados. Eles dizem que  não vão colocar mais....

Os credentes, porém, ja agradecem essa rápida providência tomada pela N. Sra, de Nazaré.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

OS POSTES PROPOSTOS PELA CELPA


A cidade de Belém começou, ha alguns dias, a perceber a presença dos postes propostos pela CELPA, em frente a casa daqueles proprietários que não aceitaram que colocassem os chamados 'olhões' no muro de sua casa.
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Assim, aqueles medidores de energia que foram colocados e não aceitos pela cidadania serão substituidos por postes nas clçadas, devidamente autorizados, a priori, por aqueles moradores que refutam os olhões no muro de casa.

Vocês acham justo isso em área tombada? E no resto de Belém? e onde as calçadas são estreitas?

Nós achamos que nenhuma  cidade e nenhum cidadão merece uma coisa desse tipo nem na fachada de sua casa, nem na sua calçada.


Além de serem frágeis, foram colocados no  meio das calçadas atrapalhando a passagem dos pedestres.

Outro problema nasce se acontecer algo ao poste. Quem paga? Dizem que é o dono da casa, ou quem paga a conta de luz.

         VAMOS DEMONSTRAR NOSSO REPUDIO 
             AO QUE A CELPA ESTÁ FAZENDO , 
                   DOMINGO 28 DE SETEMBRO,
                  NA FRENTE DA IGREJA DA SÉ.  
                      AS 10 HORAS DA MAN HÃ


terça-feira, 16 de setembro de 2014

A CELPA, O MPE E A DEFESA DO NOSSO PATRIMÔNIO


A propósito de defesa do nosso patrimônio.

Ao ler o jornal, hoje,  levamos um susto.  Uma noticia nos informava que os olhões da Celpa vão ficar onde estão, ou em postes mais baixos...

Nos sentimos na obrigação de  fazer uma premissa. Conforme o Art. 216, V, § 1º da nossa Constituição: " O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro(...)".  E, por continuar a crer na necessidade desse artigo ser levado em consideração, é que levamos um susto.  Mais uma vez fomos ignorados e ludibriados.

É necessário também recordar que, para os proprietários de casas na Cidade Velha, o tombamento  do bairro por parte das várias esferas de governo, não foi sempre  recebido com muito prazer pois perdíamos alguns direitos sobre nossa propriedade. 

Ninguém conversou conosco, antes dessas decisões; ninguém nos explicou nada sobre o que ganharíamos ou perderíamos com tal ato; nem que ajuda teríamos para manter em pé essa parte da nossa história. Nos vimos, a cada tombamento, confirmada a impossibilidade de, por exemplo, fazer garagens; de fazer uma suite; de trocar o assoalho de madeira carcomida por algo mais moderno; de mexer na calçada, nas janelas...e assim por diante. Foi uma imposição que tivemos que aceitar.

Víamos porém os prédios de orgãos públicos, principalmente, modificarem a nossa 'memória histórica' aplicando vidros fumês em janelões, antes ali inexistentes; ignorarem a necessidade de estacionamento para seus funcionários, os quais aproveitavam das calçadas de lios para tal fim. Viamos nascerem garagens abusivas que, apesar das denuncias, continuavam lá e vimos  mudarem a cor original das casas, fantasiando nossas lembranças...e o aumento da circulação de veículos corroendo, com a trepidação, os muros de nossas casas? E as ruas que acabam no rio, fechadas e nunca mais reabertas? Tudo isso em troco de que?

Reclamamos que as calçadas são estreitas e a  presença de postes impede o uso das mesmas, e o que acontece? Autorizam atividades que ocupam as poucas calçadas um pouco mais largas, com mesas, cadeiras, churrasqueiras, lavagem de motores, etc. 

Sugerimos o enterramento da fiação elétrica e os comentários foram: é caro. Pra quem? E agora descobrimos que um acordo feito no MPE, em ausência de qualquer representante dos moradores, do IPHAN e da Fumbel, decidem de colocar mais postes para abrigar aqueles aparelhos horrorosos e antiestéticos, caso não autorizes que seja instalado no muro da tua casa? Tem sentido um negócio desses?

Não somos contra o avanço da técnica e da modernidade, gostaríamos somente de não ser presos por ignorantes, lesos ou abestados. Gostaríamos de reconhecer  a coerência e a seriedade  e assim saber, se as obrigações de defesa dos bairros tombados são uma exigência para todos, ou so para quem mora aqui na área?

Não é a estética dessa área tombada que está em discussão, estética essa, tanto chamada em causa quando queres mexer na frente da tua casa. Não é a necessidade dos cidadãos que não podem usar as calçadas que levou a tomar essa decisão. Foi o interesse de quem? A defesa da Cidade Velha é que não foi, menos ainda do nosso patrimônio.

Vamos ter que engolir, calados, mais essa incoerência???


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

ESTACIONAMENTO NA CIDADE VELHA: FALA O PADRE GONÇALO.

DIREITO DE IR E VIR


"Boa noite.

O direito de ir e vir é de todos. A liberdade religiosa também . O lazer, divertimento não devem anular os outros.

Mais todos os domingos é esta a triste realidade em torno da catedral de Belém , na cidade velha, os freqüentadores dos BARES da rua Siqueira Mendes. Desde ás 16 hs ocupam o espaço entorno da catedral. Não permitindo o acesso de idosos, cadeirantes no horário da missa.


Nós também temos direito, os fiéis que vem a missa de estacionar ao lado da catedral.

Deixo aqui meu apelo a sensibilidade dos freqüentadores dos bares."



Esta "reclamação", chegou hoje e se refere a missa de ontem,  domingo. Ele pede aos frequentadores dos bares e nós, há anos pedimos aos  governantes, aos orgãos competentes, que tomem providências, sem algum êxito.

Na Praça do Carmo, em algumas ocasiões tiveram que fechar a porta da igreja durante as missas, a causa do barulho. Agora, o Cura da Sé está reclamando a causa da falta de estacionamento.

Será que agora alguem vai tomar providências?


Desde que nasceu a Civviva que reclamamos da falta de estacionamento e de garagens na  área tombada do Centro Histórico, sem algum resultado profícuo.


Ano passado tivemos a investida do Bechara Mattar querendo fazer um "shopping charme", sem estacionamento algum, no entorno da Igreja da Sé. Conseguimos adiar tal investimento, mas  sabemos que a pratica foi reapresentada, exatamente como antes... portanto é capaz de sair mais esse absurdo, ignorando as necessidades dessa área tombada.


                               Estacionamento  na Dr. Malcher, ao lado da Igrej da Sé
                             
Ultimamente, dois bares, que servem comida, foram autorizados na Trav. D. Bosco, entre a Dr. Assis e a Praça do Carmo. Como ja acontece com os outros locais  existente na Praça (bem tres), estes também não tem área de estacionamento para os clientes,  sem falar do uso das calçadas com mesas, cadeiras e maquinas de fazer frango assado ou churrasquinho, em plena área histórica.


Quem autoriza isso esquece de vir fiscalizar como funcionam. Esquecem que a Cidade Velha foi tombada porque deve ser salvaguardada; que a presença de igrejas, independentemente de estarem abertas ou fechadas, deve ser respeitada; que barulho e transito poluem o que deve ser defendido.


Esses orgãos não sabem a que hora abrem ou fecham essas atividades; como usam o entorno; se tem musica ao vivo ou de outras fontes; nem a quantidade de gente que vem modificar os costumes dos moradores.

É necessário lembrar que, determinados usos de prédios em área tombada, afetam diretamente a vizinhança e repercutem no entorno,  acabando por atingir, direta ou indiretamente toda a coletividade. O tráfego viário, a falta de estacionamento, a poluição sonora e atmosférica são determinantes nesse sentido. Os efeitos  geram direitos para os vizinhos que podem até querer  impedir que o uso nocivo da propriedade alheia lhes afete. No entanto, e apesar das leis, vemos esse tipo de comportamento aumentar, sem que niguem faça algo, apesar das reclamações feitas.

PS: segundo a lei da transparência, se pode mandar pedidos de informação por email aos orgãos  públicos. Será que esta, vale como pedido de informação de quando os orgãos da Prefeitura tomarão providências? 
A Civviva tem até CNPJ.


sábado, 13 de setembro de 2014

Outras placas.... outras propostas.


A minha estadia na Sub Comissão 400 anos de Belém "educação, arte, cultura, historia e memória", não foi muito profícua. Aliás é como se a Cidade Velha não tivesse nenhum representante e os outros nem se lembrassem que é ela, na verdade, a aniversariante.

Uma  sub-comissão com um nome tão pomposo, podia merecer propostas do tipo: acrescentar nas placas com  nomes históricos de nossas ruas, o que fez aquela personalidade. Quem foi Dr. Malcher? e o Dr. Assis, e a  Perdigão?  O que aconteceu dia 16 de novembro? e la  na 25 o que escrever???? Ou então lembrar os moradores da Cidade Velha que deram lustro, em algum modo, com placas indicando onde aquela pessoa morou ou trabalhou. Assim homenagearíamos a Dra. Betina Ferro, o escritor Hildefonso Guimarães, o De Campos Ribeiro,  e por ai vai. Mas não foram aceitas, nenhuma das duas propostas. Relógios marcando as horas que faltam para a chegada do dia 12 de janeiro de 2016, em vez, sim. A contagem regressiva vai adicionar muito ao nosso conhecimento...

A proposta de acrescentar no curriculo das escolas municipais aulas sobre o Patrimônio Histórico e Ambiental também não foi considerada digna de atenção e, consequentemente, foi cancelada. Nossa juventude pode continuar a ignorar nossa historia e crescer sem se importar com o meio ambiente.

Porém, insisto: algumas placas são necessárias, visto os danos que o jogo de futebol na Praça do Carmo provoca aos bens alheios.  Quem sabe conseguiremos educar esses jogadores obstinados em destruir 'patrimônios", como alias a desatenção de muitos ja o faz em outros sentidos.


 Nem todos tem condições de viajar e assim descobrir que não são os únicos: eles também tem "correligionários", fora daqui, que, porém, a Prefeitura tenta educar. Por que não tentar aqui também? Ao menos na área tombada.


QUEREMOS SUGERIR A APOSIÇÃO DE PLACAS SIMILARES A ESSAS, ESTRANGEIRAS, NAS PRAÇAS USADAS COMO CAMPO DE FUTEBOL, independentemente dos 400 anos da Cidade Velha.